Ansiedade e tabagismo – A tempestade perfeita
Atualizado: Mar 23

A tempestade perfeita
Dificilmente você verá um ansioso que não fume ou um fumante que não seja ansioso. Coincidência? Não, claro que não. É regra? Também não. Nem todo o ansioso fuma e nem todo o fumante é ansioso, mas é o mais comum, é o mais frequente.
Via de regra o ansioso usa o cigarro para aliviar os sintomas que o transtorno de ansiedade traz. E, sem querer, sem perceber, acaba potencializando, acaba aumentando sua ansiedade e precisando mais ainda da nicotina. Então, ansiedade + tabagismo = tempestade perfeita.
O cigarro é capaz de provocar surtos de ansiedade, tanto pelo consumo da nicotina, quanto por sua ausência.
Funciona assim, o ansioso usa a nicotina para aliviar os sintomas da ansiedade e, rapidamente, fica dependente dela. A partir daí passa a fazer uso da nicotina com maior frequência e em maior quantidade para conseguir o alívio esperado. O cérebro aprende, então, que ansiedade e nicotina estão extremamente ligadas. O fumante passa a precisar do cigarro pois acredita que ele seja o remédio para a ansiedade. Não é. Isso é mito. Vamos entender:

A ansiedade
A ansiedade é um sentimento inerente ao ser humano. Quando muito intensa e/ou frequente, passa a exigir cuidados.
Tem como sintomas preocupação intensa, excessiva e persistente e medo de situações cotidianas. Provoca reações físicas como frequência cardíaca elevada, respiração rápida, sudorese e sensação de cansaço.
Existem diversos graus de ansiedade e, para cada pessoa, a doença se manifesta com maior ou menor intensidade, com maior ou menor gravidade, exigindo, muitas vezes, cuidados médicos. O ideal é que a pessoa muito ansiosa procure ajuda médica e/ou psicológica. A ansiedade é uma doença que pode causar intenso sofrimento ao paciente.
Hoje vamos focar no tabagismo e suas consequências para a ansiedade.
Ansiedade e tabagismo
“Fumo por causa da minha ansiedade”
“Não consigo parar de fumar por causa da minha ansiedade”
“O cigarro alivia minha ansiedade”
Todas as frases acima são verdadeiras. É isso mesmo, o ansioso afirma fumar como controle da ansiedade. Mas será que é assim que funciona? Será que o cigarro tem este poder de aliviar os sintomas da ansiedade?
Resposta: Não é bem assim.
A nicotina tem sim o poder de aliviar os sintomas da ansiedade, mas esse poder é efêmero, passageiro, não dura muito. Ela não fica mais de duas horas no organismo, portanto, logo o fumante sentirá necessidade de mais um cigarro para aliviar novamente os sintomas da ansiedade que voltam rapidamente. E assim por diante, o fumante fuma vários cigarros por dia para ‘conter’ o mal estar provocado cada vez que ‘falta’ nicotina em seu organismo.
É importante relembrar o que já explicamos em publicações anteriores que a nicotina é uma droga psicoativa, isto é, age no cérebro provocando alterações em seu funcionamento e causando importantes desequilíbrio químico. O cérebro produz diversas substâncias químicas, como hormônios e neurotransmissores, que são responsáveis pela manutenção da saúde física e mental do indivíduo. Quando estas substâncias são produzidas de forma desorganizada e em quantidades diferentes das necessárias a um bom funcionamento, o resultado é alteração de humor, ansiedade, entre outros distúrbios.
Fica claro, portanto, que o cigarro causa alívio imediato aos sintomas da ansiedade, no entanto, causam sérias sequelas a um funcionamento sadio do cérebro, provocando e alimentando, entre outros males, a ansiedade.
Parar de fumar resulta em melhoria da saúde mental, de acordo com um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Birmingham e do Centro para Estudos do Tabaco e Álcool da Universidade de Nottingham, no Reino Unido. Os resultados foram publicados em 13 de fevereiro no BMJ (publicação periódica do Reino Unido, uma das mais influentes e conceituadas publicações sobre medicina no mundo).
Entre diversas constatações importantes, o estudo demostra claramente que fumar provoca problemas de saúde mental ou faz com que estes piorem.

Como aliviar a tempestade? Como aliviar a ansiedade causada pelo tabagismo?
Ficou claro, então, que a nicotina não combate a ansiedade, ao contrário, apesar de um alívio imediato, a nicotina provoca desequilíbrio químico no cérebro potencializando diversas e distúrbios como a ansiedade, por exemplo. Conclui-se, rapidamente, que parar de fumar ajuda sim a aliviar os sintomas do distúrbio da ansiedade.
Como em um jogo de futebol que tem 2 tempos de jogo, parar de fumar também deve ser feito também em 2 tempos:
Primeiro tempo: enfrentando a abstinência
O cérebro acostumado a ter a nicotina para estimular a fabricação das substâncias químicas responsáveis pela sensação de bem estar, vai passar por um período de abstinência quando o fumante deixar o cigarro. Sentirá sintomas como irritabilidade, taquicardia, dificuldade de concentração, entre outros.
É importante aguentar firme porque estes sintomas não serão tão intensos e passarão mais rápidos do que o fumante imagina. Via de regra, a fase mais difícil não passa de 2 semanas. Informe-se como enfrentar os sintomas mais fortes da abstinência e prepare-se para ela.
O cérebro, agora sem a nicotina, deverá reaprender a produzir os hormônios e neurotransmissores de maneira natural.
Segundo tempo: aliviando os sintomas da ansiedade
No segundo tempo, sem a intervenção de substâncias psicoativas como a nicotina, o cérebro tende a voltar a trabalhar de maneira sadia, produzindo naturalmente o que for necessário para o bom funcionamento do organismo.
Se o indivíduo era ansioso devido à nicotina a ansiedade naturalmente tende a desaparecer. Se o indivíduo apresentava um quadro de ansiedade mesmo antes de se tornar tabagista, sentirá um alívio nos sintomas.
Há inúmeros relatos de ex-fumantes que declaram notar uma melhora significativa na ansiedade ao deixarem de fumar. Além de fatores físicos, há também os psicológicos como o medo de ficar sem cigarro, a preocupação de ir a lugares onde fumar é difícil, culpa por estar fazendo mal a si mesmo, culpa por ser mau exemplo, vergonha por exalar mau cheiro, entre outros.
De novo, insistimos que quando o quadro de ansiedade é acentuado o fumante deve procurar ajuda médica e/ou psicológica.
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